16 de set. de 2013

De noued à noued

Procurando nas gavetas pelas palavras certas, ficou como par de meia trocadas: meia preta no pé esquerdo, meia amarela no pé direito... assim foi o que encontrou: palavras vermelhas na mão esquerda e outras tantas coloridas na mão direita. Janela aberta, ar fresco, sol a pino, céu azul de brigadeiro. Mas, brilho mesmo, era o que o acompanhava pela casa, um par de jabuticabas. Casa, inclusive, que se enchia, mobiliada ao acaso e ao léu. Sem pretensão de ser casa, os móveis apenas chegaram por lá e se aconchegaram, ficando mais e mais. De repente já era tudo aquilo: quatro paredes de concreto e um telhado abstrato: aberto pro céu, feito pó de estrela.  E então que percebeu: são os nós que deixam a casa resistente em vez das paredes. Paredes não seguram são derrubadas. Nós não, nós se seguram, se ajudam, se completam. Nós ficam abraçados enquanto paredes ficam distantes. Ao passo que paredes se distanciam, os nós se apertam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário